Você achou que eu tinha esquecido de fazer um post da Festa Italiana que falei aqui? Jamais!
Durante toda a semana estávamos nos preparando para o caos da Festa. Fizemos uns 50L de molho de tomate, uns 20L de molho de carne, cozinhamos quase 20kg de ossobuco para depois desfiar, desfolhamos dezenas de molhos de manjericão para fazer sei lá quantos litros de molho pesto, fora as entradas(involtini de berinjela, bruschetta de tomate e fritatta de abobrinha) e o tiramissu que deram muito mais trabalho que os pratos principais.
No dia eu cheguei às 7h30, já o Douglas dormiu no restaurante para adiantar mais coisas.#tenso Descemos para a feira e nossos dois auxiliares ficaram na cozinha do restaurante para cozinhar massa e nos dar apoio no que for necessário. Fora os garçons, extras, Paolo e Martha que estavam com a gente.
Meu chef com sua dolma vermelha finérrima e eu no meio do caos
Claro que estávamos preparados para o caos, todos do restaurante já tinham me avisado que no ano anterior tinha sido uma loucura. Só não estávamos contando que todo mundo da feira queria provar dos nossos pratos. Pelo o que minha família e amigos falaram, o nosso stand era um dos mais cheios, pelo tamanho da fila dá para você ter noção. =D
Nosso stand à esquerda e um pedaço da fila...
Na hora que davam estas filas gigantes, eu e o Douglas combinamos de não olhar para trás para não desesperar e só íamos atendendo aos pedidos dos garçons. Nesse dia meu sobrenome virou ragú de ossobuco e o do Douglas virou pesto. Só escutávamos "4 ragús", "5 pestos" e íamos cozinhando no melhor estilo McDonald's.
As filas pareciam eternas, ao fundo escutávamos todos os clássicos da música italiana, o que nos deixava ainda mais agitados. Tem como escutar Tarantella e ficar calmo? Nunca vi gente mais animada que os italianos, tá doido! Nós entrávamos no clima e, quando você olhava, todos do stand estavam dançando e batendo palma também.
"Quantos ragús de ossobuco? 300? 500?" (rs)
O ragú de ossobuco acabou, fizemos mais, acabou de novo, a bruschetta acabou, o pesto acabou, fizemos mais e o povo não parava de comer nunca! Nessa hora meu pulso já estava mais que dolorido de tanto saltear massa. Alguns amigos e familiares passaram no stand para me dar os parabéns e eu só pensava: "Será que vou aguentar tomar uma depois daqui para comemorar meu aniversário?"
Nem tinha muita gente lá!
Foto: Globo Minas
Já era quase 21h, a Tarantella já tinha tocado umas 20x, o show de ópera e as outras apresentações tinham acabado, o DJ italiano já tinha tocado todo seu repertório - incluindo claro, a Tarantella versão techno - e já estava juntando suas coisas. As famílias já tinham ido embora, só restavam milhares de jovens que tinham bebido vinho o dia inteiro e nem sabiam mais porque estavam ali. Nessa hora o Paolo olhou para toda sua equipe, cada um com a cara mais desolada do mundo, e falou: "É, acho que está na hora de irmos embora!"
No caminho fomos avaliando o dia, o que deu certo, o que poderia melhorar, etc, mas no fim das contas, valeu muito à pena! Nosso stand e nossa comida fizeram um sucesso enorme! E, todo o cansaço do dia passou depois que tomei algumas Brahmas geladas, brindando não só o meu niver, mas também o sucesso do dia!
Abraços tarantellados,
Felipe Tavares
3 comentários:
que legal seu relato cara parabens a vc e oao chef dougla.
Faltou vc lá!
OI Felipe,
Seu blog já está lá no Blogs de Culinária como o destaque do mês. Tomara que lhe envie umas visitinhas extras!
abçs
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