quinta-feira, 14 de julho de 2011

Essa Confraria ainda me mata...de prazer!

No dia 19 de junho, tivemos mais um encontro da Confraria Sincero. Estranho eu falar dele só agora, mas tive um pequeno probleminha com as fotos, mas agora tudo já foi resolvido.

Neste dia os responsáveis por cozinhar eram os pais do Douglas - Wandinho e Terezinha. Só para resumir um pouquinho da história incrível dos dois, eles já moraram em Arraial D'ajuda por anos, gerenciaram hotéis e pousadas por lá, comandaram cozinhas, inclusive uma francesa, etc. Ou seja, todos já esperavam que o almoço ia ser de primeira.

Chegamos lá e a Terezinha e o Wandinho estavam com o seu carisma de sempre e na maior tranquilidade do mundo, nem parecia um encontro da Confraria, porque em todos os últimos todo os responsáveis pela cozinha estavam mais tensos que nunca e a bagunça reinava no local.

Quando eu vi o cardápio do dia, nem acreditei, fiquei mais feliz do que nunca. Dá uma olhada:

A primeira pergunta que fiz à Terezinha foi: Posso comer casquinha de siri à vontade? Ela respondeu que sim e me mostrou uma panela enorme com o recheio de catado de siri: "Esse tanto está bom para você?" 

Casquinha de siri é um problema sério. Quando você come na praia ou em algum restaurante, você sempre passa por duas situações: ou é muito ruim, tem gosto de areia e não dá vontade de repetir, ou é muito boa, dá vontade de repetir, mas falta $$$. Mas neste dia, as casquinhas de siri eram infinitas! =)) Eu comi, 2, 4, 6, 8, 10...Vou parar de falar, mas dizem que foram mais de dez. Eu só ia empilhando as casquinhas ao meu lado, e todos riam de mim, falando que era para eu parar de comer porque ia passar mal. Igual criança sabe?! (rs)
E você achou que eram mini-casquinhas? Não, eram megas!

Tem noção? Poucas vezes me lembro de ter comido tanto na vida. Aquilo não era uma casquinha de siri, tanto que pedi para mudarem o nome para Velouté de Siri, porque o molho, além de levar os ingredientes básicos(tomate, cebola, pimentão, etc) foi engrossado com leite de coco e mandioca. O que tornou a consistência e o sabores perfeitos! 

Mais, eu quero mais!

Este azeite foi um charme à parte, recomendo demais!

Pedi à Terezinha que segurasse um pouco o almoço porque eu não tinha condições alguma de almoçar depois de tantas casquinhas. Então, compramos mais cervejas e fomos botando o papo em dia. Neste dia tivemos um problema de calendário e o Fred, Gustavo e Victor não puderam ir :-(( 

Então o Nélio começou a contar suas últimas peripécias na cozinha: saiu no jornal porque fez um jantar para o Governador, mostrou algumas fotos de um jantar que foi servido para o alto clero da Igreja Católica (parecia cena do Código da Vinci, sério), propostas de trabalho que recusou, novos restaurantes que estão abrindo em BH e, alguém falou: "Felipe, já são quase 16h, só você comeu 15 casquinhas de siri, estamos com fome e vamos servir o almoço agora!!!" Ok, gente, desculpa por existir! :-/ Vamos ao prato principal:

Vesúvio de camarão com surubim

Não tinha um nome melhor para dar à este prato que não fosse "vulcão", e o rei dos vulcões é o Vesúvio. Imagina um purê de batata e mandioquinha, com uma consistência perfeita recheado com molho de camarões da Terezinha acompanhado de uma mega posta de surubim do São Francisco? 

Quando acabei de comer, fiquei tipo aqueles italianos atingidos pelo Vesúvio em 1979, petrificado. Só consegui me mover para o sofá e dormi igual uma criança, ou melhor, igual uma tartaruga quando é virada com a barriga para cima, sem consegui me mover.

Abraços vulcanizados,

Felipe Tavares

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