quinta-feira, 29 de julho de 2010

Cozinhando por paixão

Limão siciliano é um dos ingredientes que eu mais gosto na cozinha, pena que é uma raridade encontrá-lo aqui em BH. O único lugar que eu sempre acho é no Verdemar, e o preço é um pouco salgado, quase R$7,00 o quilo. Mas é aquele negócio, um bom prato começa sempre com bons ingredientes.

Conversando pelo twitter com a @gabinacozinha ela me mostrou uma receita de risoto de limão siciliano que na hora eu fiquei louco para fazer. Então, segue abaixo a receita ou acesse o blog da Gabi para pegar mais dicas deste prato e de outras delícias. 


Risoto de limão siciliano
Rendimento: 4 pessoas
Ingredientes
500gr de arroz para risoto(arbóreo, carnaroli ou vialone)
3 limões siciliano
1 taça de vinho branco seco
1 cebola repicada
2 dentes de alho repicados
Queijo parmesão ralado
Manteiga
Azeite
1L de fundo de legumes

Modo de fazer

Doure a cebola e o alho na manteiga com um fio de azeite. 
Acrescente o arroz e dê uma leve refogada. Em seguida, acrescente o vinho branco e espere o álcool evaporar.
Adicione, aos poucos, o fundo de legumes que deverá estar bem quente (uma concha de fundo, misture bem até evaporar). Repita o processo até que o arroz esteja cozido, porém al dente. Mais ou menos 18 minutos.
Acrescente mais uma concha do fundo, as raspas e o suco dos limões e desligue o fogo.
Finalize com o parmesão ralado e duas c. de sopa de manteiga GELADA.
Deixe descansar por uns 5min e sirva. 

Prepare para experimentar um dos pratos mais gostosos e interessantes que eu já comi na VIDAAAAAA! Como se diz a Gabi, é de enlouquecer qualquer um! Sério, fiquei meio sem reação na hora em que provei, é inacreditável o sabor e o aroma que o limão dá ao prato!




Como você pôde ver, fiz uns filézinhos de frango que combinaram perfeitamente com o risoto. Segue a receita dele também:
Frango crocante
Rendimento: 4 pessoas
Ingredientes
500gr de filézinhos/escalopes de peito de frango
3 ovos
Farinha de trigo
Meio pct de macarrão "cabelo de anjo" bem triturado

Modo de fazer
Tempere os filés com sal e pimenta do reino.
Empane nesta ordem: farinha de trigo, ovos batidos com sal e pimenta, cabelo de anjo.
Frite por imersão no óleo em baixa/média temperatura.
Fica lindo empanar deste jeito, não fica?


Dicas e observações:
- não raspe nenhuma parte branca do limão para não amargar(Dica super importante da Gabi);
- use sempre manteiga gelada para finalizar o risoto para que ele dê aquela estufada sensacional;
- faça seu fundo de legumes com cenoura, cebola e salsão (mirepoix) deixe cozinhar por +-1h. Você pode usar também alho, pimenta em grãos, folha de louro, casca de outros vegetais, etc.
- sirva imediatamente e coma tudo, pois no outro dia o risoto vai ficar amargando por causa das raspas(experiência própria rs).

Abraços ainda em choque pela perfeição da receita,

Felipe Tavares

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Como eu não tinha lido esse livro antes?



Há algum tempo falei aqui que tinha comprado o livro acima e que estava muito, mas muito ansioso para lê-lo.

Pois bem, terminei o livro hoje com uma tristeza imensa, afinal ele foi meu companheiro de várias noites de insônia e confesso que estava até enrolando um pouco para não terminar.

O livro é perfeito, deveria ser obrigatório para qualquer pessoa que pensa em ingressar na carreira da gastronomia. Tipo: "Ah, tô pensando em virar um chef, trocar de carreira e ir para uma cozinha, o que você acha?" Ah, quer mesmo? Jura? Primeiro conselho? Leia este livro. 

Eu deveria ter feito isto para não me assustar tanto como no primeiro dia em que pisei numa cozinha, quando vi pela primeira vez um cozinheiro bêbado/dorgado, quando vivi jornadas de trabalho intermináveis, quando presenciei alguns garçons "roubando" bebidas, ou então, quando vejo o estado em que minhas mãos e pés se encontram. Tá tudo isso lá, só que com o aval de um chef internacional.

O livro não tem nada de glamour* que a maioria das pessoas pensa que é a vida de um chef, é uma sucessão de histórias chocantes, desastres monstruosos, alguns sucessos, regado a muita bebida e dorgas. Esteja preparado!

Me deu um alívio quando li os perrengues que ele passou durante sua carreira, os fatos que aconteceram lá nos EUA mas que se repetem da mesma forma aqui no Brasil, melhor ainda, em BH. E fico me questionando o que tem no ar da cozinha que transforma todo mundo, deixando ao mesmo tempo, todo mundo igual. 

Grifei, escrevi, discordei, ri muito, enfim, o livro está todo rabiscado e gastarei um bom tempo para repassar todas as anotações e pesquisar por várias receitas desconhecidas. Mas valeu a pena cada centavo investido e agora é comprar os outros livros que ele publicou: Em busca do prato perfeito e Maus bocados.

* Não estou falando que toda cozinha só tem gente doida, garçons ladrões, dorgados e que toda cozinha/restaurante é sempre um caos. Mas na minha curta trajetória tenho visto e vivido histórias bem parecidas com a do livro...Leia e tire sua própria conclusão.(rs)

Abraços órfãos,

Felipe Tavares

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A brigada da cozinha e o plongeur

Não ainda não estou falando francês, plongeur (pronuncia-se plongê) é o nome em francês dos lavadores de panelas de um restaurante. Tem gente que fala plonge, plongeé, etc. 

Se traduzirmos esta palavra, veremos que plongeur é "mergulhador" e plonge é "mergulha". Ai que medo ficar falando francês aqui sem ninguém para me acudir. Tudo via google, tá?rs Por isso, me corrija se falei alguma besteira.

Tá Felipe, mas porque cargas d'agua você está falando neste lavador de panelas? Ele tem a pior e mais menosprezada função na cozinha!

Nos meus 7 meses de cozinha, já vi muita coisa: cozinheiro puxando faca pro outro, alguns malucos que pediram demissão no meio da jornada de trabalho, outros que faltaram em dia de evento importante, um que estava trabalhando bêbado, brigas e mais brigas, faltas desnecessárias, enfim, já vi um pouquinho de muita coisa.

Mas nunca vi um caos tão grande na cozinha quando um plongeur falta de serviço ou como já vi também, pedir demissão no início do dia, quando não tínhamos nenhuma panela para cozinhar porque todas estavam sujas nos tanques.

Quando um chef, sub-chef, cozinheiro, saladeiro ou auxiliar falta, sempre tem alguém que sabe fazer o serviço dele, pode até não ser na mesma eficiência, mas a coisa sai. Mas quando o lavador de panelas some, ninguém tem vontade, coragem ou disposição para encarar um tanque com sei lá quantas panelas e tabuleiros engordurados, padiolas cheias de sangue das carnes entre outras coisas e literalmente ficar mergulhado em água e sabão, num cubículo de 1,5 x 1.5m.

A cozinha simplesmente pára, todo mundo finge que não está vendo aquela pilha de panelas, e reza para que não seja escolhido pelo chef para ir para o tanque. Apesar de que eu vi isso uma única vez, porque na maioria das vezes ninguém faz nada. Só lamenta e xinga muito!

Agora, pensa comigo, um lavador ganha um salário mínimo, trabalha todos os dias, inclusive fins de semana e feriados, e fica ali lavando o dia todo, sozinho, molhado e muito sujo. 

Tá certo que na maioria dos casos, todo mundo começa na cozinha como plongeur, mas esta é uma função para poucos meses, 6 meses no máximo na minha opinião. Ninguém tem motivação o suficiente para ficar ali mais tempo que isso, recebendo panelas aos chutes que deslizam perfeitamente pelo piso até baterem em outras, mais sujas ainda. Sem contar os berros pedindo panelas mais limpas e mesmo assim eles cantam o tempo todo. Afinal, "quem canta seus males espanta".(rs) E é justamente por isso que eles faltam muito de trabalho, armam boicotes e andam sempre emburrados, por que os gerentes/chefs simplesmente esquecem deles ali durante meses, até o dia em que eles faltam de serviço. 

Concluindo, se você é dono de restaurante, preste atenção no seu plongeur, e veja se não está na hora dele ser promovido ou então, se você está na cozinha, trate de igual para igual esse colega de trabalho que sem dúvida alguma é o único insubstituível na cozinha.

Abraços caridosos,

Felipe Tavares

terça-feira, 20 de julho de 2010

Como tudo começou

Em uma bela tarde, recebemos a notícia da gerência que haveria um arraial de uma empresa lá no Rancho Fundo para 50 pessoas. Dentre as coisas típicas do buffet - caldos, feijão tropeiro, quentão, milho cozido, canjica, etc. - tinha também maçã do amor. 

Dona Geralda, a mega hiper super blaster confeiteira, me chamou e perguntou se eu já tinha feito maçã do amor na minha curta vida de cozinheiro. Na hora eu falei, "NÂO", afinal quem faz maçã do amor?(rs)

Ela me falou que sabia fazer, mas que a calda dela não dava o ponto adequado de vidro, e que costumava escorrer e não ficava a maçã mais bonita do mundo, típica dos parques de diversão e zoológicos. E me pediu para procurar qual era o pulo do gato.

Revirei a internet e descobri que eram 2 segredos: adicionar glucose de milho(Karo) ao açúcar ou algumas colheradas de vinagre à calda.

O nosso comprador não comprou a glucose de milho porque custava mais de R$80,00 o balde e não vendia em pequenas quantidades. Restava o vinagre que temos aos montes.

Cheguei no outro dia todo contente, falando do segredo e se ela queria ajuda, nesta época eu não tinha sido escalado oficialmente para a confeitaria. Ela topou na hora e lá fomos nós dois para a beira do fogão com uma panela que eu acho que ela deve usar desde que o Rancho Fundo abriu(rs).

Na hora em que ela adicionou o vinagre, a calda virou uma coisa linda e as maçãs ficaram do mesmo jeito que as do parque de diversão da minha infância e ela, toda tímida, no alto dos seus 79 anos me disse bem baixinho: "Felipe, está maçã do amor é a mais linda que eu já fiz na vida! O vinagre faz toda a diferença! Tem como você terminar aqui para mim, tenho que sair mais cedo..."

Terminar foi bondade dela, ela tinha feito 6 maçãs e faltavam 34. Ok, Dona Geralda, isto a gente releva, afinal todo mundo da cozinha estava de olho nas maçãs perfeitas que o Felipe fez. :-)))

E foi por causa desta receita que começou minha vida de confeiteiro, na outra semana fui escalado para ajudá-la todas as semanas, sempre que o "bicho pegar".

Veja a facilidade da receita:
Maçãs do amor
Ingredientes
- 500gr de açúcar cristal
- 2 colheres de vinagre branco
- 4 gotas de corante vermelho
- umas 20 maçãs, sem umidade alguma e sem ter ido para a geladeira(outro pulo do gato que descobrimos)
- palitos de picolé ou churrasco
- 500ml de água

Modo de fazer
Em uma panela funda, adicione 500ml de água e coloque o açúcar. Deixe cozinhar até que o açúcar derreta e vire uma calda.

Adicione o corante e o vinagre.

Não adianta, você vai fazer muita bagunça com esta calda.

Espete as maçãs pelo lado do cabinho que deve ser retirado, e as vá passando na calda. Sempre de duas em duas, pois o excesso de calda de uma, serve na outra e assim por diante.

Não é pressa, é jeito, vai rodando, escorrendo, até cobri-las por completo.

Forre um tabuleiro ao contrário com papel alumínio, unte com manteiga e coloque as maçãs para secar, fora da geladeira pelo amor de Deus!(rs)


Eu, Dona Geralda e a equipe, achamos que ficaram lindas e você?

Mais pulos do gato:
- a medida que você vai fazendo, a água da calda vai secando, adicione um pouco d'agua sempre que isso acontecer.
- armazene em local arejado e em hipótese alguma coloque na geladeira, porque a calda vai cristalizar, escorrer, enfim vai virar uma tragédia.

Abraços muito doces,

Felipe Tavares

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Resumo de uma típica sexta-feira

Chegando em casa depois de um dia louco, na parte da manhã na praça de saladas e na parte da tarde fui escalado para ajudar a Dona Geralda na Confeitaria que estava atolada em doces de leite, chantillys e pães de ló. Fizemos e confeitamos 12 bolos para os aniversários de hoje, e eu fiz, SOZINHO, 3 pavês de amendoim e um de coco! Eu na confeitaria? "MEL DELS" o mundo tá perdido mesmo!rs Gostei muito da praça dela, sem contar que ela é um monstro na cozinha! Já viu um confeiteiro não usar balança e medidas? É tudo da cabeça dela, isso sem contar que ela tem 79 anos e não tem nenhum auxiliar. Nunca vi nada dar errado com ela...Ou seja, a Dona Geralda é phoda! Merece até um post exclusivo para ela! ;-) 

Sexta-feira e sábado são os dias mais tensos lá: muitos doces para fazer para o fim de semana, muitos frios para fatiar para o buffet da noite, 3 patês, diversos caldos, mais um buffet quente e mais saladas. Sem contar que esse tanto de coisa a gente faz enquanto o almoço está sendo servido. Imagina o stress que a cozinha não fica? E todo mundo louco para sair às 16h! 

Na maioria das vezes a gente consegue...Mas para isso acontecer panelas voam com uma imensa precisão para o plongeur(tanque de panelas), gritos são dados para o auxiliar de cozinha que dá o azar de estar escalado para ficar na câmara fria nestes dias: TRAZ O DEMI-GLACE, TRAZ O MOLHO VERMELHO, TRAZ AS MASSAS, OS CALDOS...Na praça de salada as duas saladeiras picam todos os legumes e folhas possíveis e montam imensas travessas de saladas para reposição e rezam, para que elas não acabem para não ter que fazer novamente para o buffet da noite. Na praça de carnes, o auxiliar faz o mise en place do dia seguinte: quilos e mais quilos de lagarto, língua, frango, peixe, moela, costelinha, costelão...É nego(a), a cozinha fica tensa! 

Chego em casa agora, abro uma cerveja, acendo um Marlboro vermelho, ligo para a namorada conto as novidades do dia para ela e para minha família e dou uma olhada rápida para minha mão:

E penso comigo, ouvindo 1965(Duas tribos) do Legião Urbana: "É, o dia foi tenso! Nem vi como e quando estes cortes e queimaduras aconteceram..." E amanhã tem mais, até às 18h. 

Abraços realizados,

Felipe Tavares

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Mais um acessório

O acessório desta semana é sem dúvida, fundamental em qualquer cozinha. Se bobear até mais importante que facas, panelas e etc. Esse eu falo que é obrigatório, sem ele não há vida na cozinha e com ele seus pratos com certeza terão um sabor muito mais gostoso. Afinal, Felipe, o que é?

O moedor de pimenta! Quem não tem pelo amor de Deus, corre até o Mercado de sua cidade e vai comprar um. Não sei como vivi tanto tempo sem ele. Ah, e não compre qualquer porcaria não que aí também não adianta, em pouco tempo fica cego. Compre um bacaninha. Seja de madeira, acrílico, aço, enfim. Variedades é que não faltam. Inclusive achei um site que vende só isso, para você ter noção do quanto ele é importante. Clique aqui para acessar o site Moedor de Pimenta. Tem modelos incríveis lá, inclusive a pilha. Pilha? Pra quê gente...Enfim, cada um na sua.

Meus moedores "tradicionais" que eu tanto uso!

Tem alguns moedores que tem 2 compartimentos, uma para pimenta do reino e outro para sal, afinal tem dezenas de tipo de sal como você pode ver aqui.

Parece uma manopla de guidão, mas é um moedor duplo(rs). Vi aqui

"Eu compro pimenta do reino em pó já no saquinho, bem mais fácil que ter um moedor." NÃOOOO faça isso! A pimenta em pó industrializada, tem um tanto de coisa misturada que acaba escondendo o gosto real de uma pimenta. E eu te falo que é muito diferente o sabor e o aroma de uma moída na hora, inclusive fica muito mais forte. 


Enquanto você não compra um moedor, tem um técnica que você pode fazer com a faca/pilão/martelo de cozinha que deixa o sabor da pimenta bastante parecido. Basta pegar alguns grãos e amassá-los com a ponta da faca. Os franceses chamam de pimenta em mignonette ou poivre mignonette.


Pimenta-rosa(aroeira), pimenta do reino preta e pimenta do reino branca. 
Não vivo sem elas!

É bom falar que pimenta do reino não é lá a coisa mais saudável do mundo...Não vai tacando em todos os seus pratos não, igual eu fiz quando ganhei os meus =DD Ou então igual um tal de G. Garvin que fala que é chef em um dos programas do GNT. O moedor dele parece um taco de baseball e ele usa em tudo quanto é prato!


Depois que você comprar o seu, faça a melhor a receita com pimenta do reino do mundooo: Steak au poivre.

Abraços ardidos,


Felipe Tavares

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Petit fours

No Senac, os alunos podem auxiliar nos cursos de curta-duração oferecidos pela escola de forma voluntária. Na minha sala era uma "briga" danada para pegar os melhores cursos. O de culinária japonesa era o sempre o mais disputado por alunos da manhã e da noite e o de comida diet e light era sempre o mais rejeitado por todos. 

Mas não era só moleza não, o aluno além de auxiliar o chef, tinha que lavar tudo, montar toda a mise en place(pré-preparo), ajudar os alunos inexperientes(que eram muitos), buscar ingredientes em outras cozinhas, etc. Mas era uma farra só, afinal cada curso custa em média R$200,00 e a gente podia estar ali de graça, e ainda ganhava as tão disputadas apostilas de fichas técnicas de brinde!

Auxiliei apenas 2 cursos por falta de tempo. O de saladas especiais com a queridíssima Cidinha Lamounier e outro de Pães, Roscas e Biscoitos com a Keiko, uma chef japonesa que tinha contato com Deus e o mundo e sempre tinha vagas interessantes de trabalho ou freela, além do óbvio, dominava como ninguém a culinária japonesa. 

A receita destes petit fours ou biscoitos amanteigados eu aprendi com a Keiko. No final de um dia de curso, sobrou aquele tanto de biscoitinho e eu simplesmente não conseguia parar de comê-los, ela conversando comigo e eu comendo, comendo, comendo, parecia que não comia há séculos.

Petit fours(salgado)
Rendimento: mais de 60 biscoitinhos que desaparecem misteriosamente da sua cozinha
Ingredientes
500gr de farinha de trigo(sem fermento)
2 gemas
300gr de margarina
2 c. de sopa de sal 20gr de sal
100ml de creme de leite

Modo de fazer
Bater na batedeira as gemas com a margarina e o sal. Deve virar um creme homogêneo bem claro, quase branco, desse jeito:


Acrescente o creme de leite e bata de novo:

Muda pouca coisa com o creme de leite, mas por via das dúvidas coloquei a foto...(rs)

E-N-V-O-L-V-A com a farinha de trigo. Envolver não é MISTURAR!(rs) Se você misturar, estraga tudo. Envolver é "puxar" a massa de baixo para cima algumas vezes, bem de levinho com uma mãozinha bem delicada kkk. Vá colocando a farinha de trigo aos poucos. Não se preocupe com as bolas de farinha que vão se formar, depois consertamos isso.

Confesso que nesta hora achei que tudo tava errado, 
que a massa não ia dar ponto nem fu*&$#@;. Por isso não se preocupe! =D

Deixe a massa descansar na geladeira por 30min.

Abra a massa com um rolo:
Não falei que não era para se preocupar? 
Quase que "de repente", ela dá ponto e fica linda!

Corte seus biscoitinhos do jeito que você imaginar, círculos, tirinhas, corações, pirâmides, cubos, etc. Desde que seja pequenos, né? Afinal, petit em francês é pequeno e four é assado. Ou seja, pequenos assados. Isso não é aquele biscoito de polvilho da padaria da esquina, não!(rs) Esse biscoitinho costuma ser  servido em coquetéis, coffees breaks, brunchs, etc.



Alguém tem umas forminhas de coração e estrela ai?

Pincele cada biscoito, eu sei é chatinho fazer isso, com uma gema e coloque para assar em forno pré-aquecido a 180º e deixe por uns 10min.

O ponto para assar é ao mais tenso de tudo! Se você tirá-los do forno logo quando eles ficam dourados, a massa vai estar crua por dentro. Por isso, vá provando para encontrar o ponto e a temperatura ideal. Ah, cuidado para não passar do ponto também, perdi uma fornada nesta brincadeira...



Sugestão:
- caso queira variar, acrescente queijos ou ervas frescas à massa ou polvilhe por cima, antes de assar. Não sei como não fiz isso no dia. Mas é bom que eu tenho um motivo para fazer de novo.

PS: não gosto de fazer doces, mas tenho uma receita destes petit fours doces, se quiser a receita, me mande um e-mail ou deixe um comentário que eu passo.


Abraços delicados,

Felipe Tavares

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Facas, sempre!

Achou que eu tinha esquecido de falar sobre mais um acessório imprescindível para sua cozinha esta semana, né? NA-NA-NI-NA-NAO! Estou me dedicando ao máximo neste blog e tá valendo muito a pena, a cada dia o nº de visitas cresce mais, conheço pessoas interessantes que querem fazer o mesmo, tirar dúvidas, etc. Enfim, tá tudo lindo aqui!

O acessório de hoje, como você pôde ver no título são as facas! Talvez o item mais importante para um cozinheiro e para uma boa cozinha. Já tinha falado um pouquinho aqui, mas não custa falar mais!rs "A faca é uma extensão do braço do cozinheiro" Alguém me disse isso uma vez ou então eu li em algum lugar, mas não lembro quem agora...

Você não precisa desembolsar mais de R$200 numa Wüsthof para bombar na cozinha. Elas são perfeitas, uma das melhores do mundo, mas você as usa com tanta frequência? Melhor ainda, você sabe amolar uma lâmina de aço Solingen? Não? Nem eu, então vamos voltar para a realidade.(rs)

Seguindo os conselhos lidos no livro "Cozinha Confidencial" do chef Anthony Bourdain(falei do livro aqui) você precisa de uma única faca na vida: a faca do chef, que serve para tudo: descascar, aparar, fatiar e picar carnes, legumes e até mesmo frutas. Ele fala de outras que são importantes também, mas não fundamentais. 

A faca do chef ou "chef's knife" para ficar mais fino(rs) tem o corpo da lâmina entre 8 e 12 polegadas e tem 1,5 a 2 polegadas de espessura na parte próxima ao apoio. Veja a foto abaixo de uma faca do chef e suas partes. (Fonte: Voss Cutelaria)

1. Ponta;
2. lâmina;
3. gume;
4. dorso;
5. guarda-mão;
6. botão (parte integral da lâmina que distribui o peso do conjunto);
7. talas do cabo;
8. pinos de fixação;
9. Espiga (extensão da lâmina ao longo do cabo, em algumas facas pode ficar oculta);
10. Talão, ou base (proporciona mais controle e segurança na empunhadura da faca).


Atualmente eu uso a mesma faca do chef que o Senac exige que seus alunos tenham, uma Mundial, modelo 5510/08, que na época custou R$38,00 e te falo uma coisa, se você a mantém bem amolada, ela não te decepciona nunca! Tá certo que ela perde o corte facilmente, mas...Falei que iria trocá-la assim que pegasse a manha, mas é aquele negócio, quanto mais tempo você fica com uma faca, mais você vai dominando suas artimanhas e fica difícil abandoná-la.

Mundial 5510/08 
Já nem sei mais quantas vezes ela arrancou pedaços dos meus dedos


Na hora de escolher uma faca, leve em consideração a frequência com que você vai usá-la, aonde vai guardá-la, com que frequência você terá tempo para amolá-la, e lembre-se sempre de ter uma boa pedra para amolar e uma chaira. Sem esses equipamentos nada feito. 

A Tramontina tem produzido facas excelentes, a linha Hercules da Mundial é fantástica e por aí vai...

Abaixo uma seleção de mais algumas facas tops para ficarmos babando:


Wusthof 8' - R$214,01

Outra marca considerada top do mundo Henckels 34543 203 - R$249,77

Global 7 - R$529,00 a melhor marca na opinião do Anthony Bourdain

Abraços afiados,

Felipe Tavares

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Que lindooooo!


Depois de ter um desastre culinário lido na rádio CBN para o mundo todo ouvir...Toda vez que falo disto fico com vergonha. Você não ouviu não, né? Ainda bem...

Apareci em uma matéria muito bacana da revista Gourmet Virtual na qual minha ex-colega do Senac, Mariana Marcial do blog Feito com pimenta trabalha. O assunto? Filmes gastronômicos! Que eu adoro! Já falei aqui uma vez e preciso falar novamente!

Abaixo você confere a matéria na íntegra. Que fino, gente! Tô mega feliz! =DDD

Ah, depois de ler a matéria vale um clique no site da revista, que tem muita coisa boa, principalmente da cena gastronômica em BH.

Abraços ultra mega felizes,

Felipe Tavares

Blog > Destaque > Comer bem pelos olhos: filmes sobre gastronomia
07/07/2010 13h30 - Atualizado em 07/07/2010 13h32
Comer bem pelos olhos: filmes sobre gastronomia

Comer bem pelos olhos: filmes sobre gastronomia
Nesse período de férias e frio, nada melhor que um bom filme, pipoca e edredom, não é mesmo? A comida no cinema tem desempenhado o papel de divulgar essa arte de prazer inigualável, que nos faz reunir e celebrar envoltos de uma mesa. Além de seduzir e nos hipnotizar pelos olhos, também nos explica seu papel principal em nossas vidas.
Os filmes que falam sobre comida despertam no telespectador outras sensações. Algumas cenas marcantes guardadas em nossas memórias, muitas vezes refletem o caminho de nossa criatividade e a maneira como nos identificamos com a culinária. Segundo o chef Frederico Trindade esses filmes estimulam o interesse pela área, apesar de nem sempre ser fiel a realidade. “Filmes como oSem reservas e o Amor esta na mesa retrata o nosso cotidiano. Não é um filme técnico, mas consegue transmitir um pouco da nossa rotina”.
O chef Felipe Tavares também destaca o filme Sem reservas, pois mostra a cozinha de forma didática, sem glamour e de maneira mais realista. “Há algum tempo me tornei um grande apreciador do cinema, filmes como este mesclamromance e culinária, mostram cozinhas de padrão internacional e vemos que até grandes chefs passam por desafios com clientes”, finaliza.
E para os apaixonados por esta combinação, selecionamos através da opinião de alguns chefs, cozinheiros e fãs de cinema e gastronomia as melhores películas.
Confira:
A Festa de Babete (Gabriel Axel, Dinamarca, 1987)
Chocolate (Lasse Hallstrõm, EUA, 2000)
Vatel – Um banquete para o Rei (Fra/Ing, 2000)
Tempero da vida (2003)
Um bom ano (2006)
Super size me – A dieta do palhaço (2004)
Estômago (Bra, 2007)
Garçonete (2007)
Comer, beber, viver (1994)
Julie e Julia (2009)
Simplesmente Martha (2001)
Sem reservas (2007)
Infantil
A dama e o vagabundo (1955)
Ratatouille (2006)
A fantástica fábrica de chocolates (2005)
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